Eu em Menestrel
Já era Pierrot e não sabia
Pierrot...é o que sou!
Sou o palhaço tristonho, que veste as cores mais simples:
o branco e o preto - a luz e a escuridão.
Sou eu palhaço sem risos, de grandes amores e dores maiores ainda.
Sou eu o palhaço que sonha, os sonhos das dores, de amores que nunca vivi, só devaneei, sonhei, inventei.
Sou eu o palhaço amante das palavras, que usa e abusa dessas suas amadas agora vistas no papel.
Sou eu o palhaço adorador das cores, que as ama e repulsa, escolhendo a simplicidade de todas as cores em uma e mais o preto, o luto por sua dor.
Sou eu o palhaço/criança, que com essas palavras infantis e um coração ingênuo descrevo emoções da alma no papel.
Sou eu o palhaço/poeta, que viu nas palavras a possibilidade de um novo mundo, entre a realidade e a fantasia.
Sou eu um Pierrot, palhaço de cores simples, mas sem sorrisos a expor, amante de Colombinas, que preferem a variedade das cores, á união das mesmas na simplicidade de uma única.
Sou eu um Pierrot, palhaço perdedor, que sempre perde o amor de Colombina para um tal de Alerquim, palhaço chinfrim, que usa cores separadas e um sorriso de escárnio.
Sou eu um Pierrot, palhaço agora sem amor, que vê o coração das amadas nas mãos do zombador.
Sou eu um Pierrot, palhaço sem amor, que aguarda pelo dia em que encontrara a Colombina, que aceitara seu tolo amor.
Serei eu realmente um Pierrot?
Sim. Definitivamente o sou.
Pierrot.
6ª noite não dormida de outubro de 2010
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