quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Silhueta


O amor amargo dói
Pingos de chuva molham as folhas das arvores
Galhos retorcidos pelo tempo
O verde do campo desaparece em sua vastidão

Os olhos fitam à distancia a silhueta imaginária
Um corpo que brilha lá longe
Lá no fundo do imaginário do homem que ama
O coração vibra e grita palpitante

Mas o que há lá além da riqueza da imaginação humana?
Há o amor de quem ama
Há o brilho de um sentimento
Há as lembranças de uma história feliz

A silhueta se esvai
O coração permanece palpitando
O corpo já não brilha mais
Resta só a imaginação cheia de saudade e solidão

Como o Pierrot, agora chora, apaixonado pela Colombina.

8ª noite não dormida de outubro de 2010

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